Mulheres coordenam mais de 50% das pesquisas financiadas pela FAPEMA

Por Elizete Silva 6 de março de 2020

 

Mais de 50% das pesquisas financiadas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA), são coordenadas por mulheres. São pesquisas nas mais diferentes áreas e desenvolvidas em várias regiões do Maranhão. Dos 41.108 inscritos no Sistema Patronage da FAPEMA, 22.736 são mulheres. O sistema congrega todos os pesquisadores maranhenses que têm ou que já tiveram projetos apoiados pela Fundação. Nos últimos anos elas também são maioria entre os ganhadores do Prêmio FAPEMA, maior premiação científica do Norte/Nordeste.

“As mulheres têm a cada dia ocupado mais espaço na sociedade, em todos os campos. Isso não tem sido diferente na área da ciência, tecnologia e inovação. A FAPEMA, como maior fomentadora da pesquisa no Maranhão, tem contribuído para esse crescimento. São muitas as conquistas e também ainda a ser feito, mas o governador Flávio Dino tem garantido, dentro das possibilidades orçamentárias, recursos para o financiamento das pesquisas no Maranhão, mesmo com a redução de verbas federais que tem comprometido a pesquisa em todo o país. Queremos parabenizar a todas as mulheres que fazem ciência no Maranhão, que com seu trabalho contribuem para o crescimento do Estado, e dizer que o Governo do Maranhão vai continuar fazendo a sua parte, investindo e incentivado a pesquisa em todas as regiões”, disse o diretor-presidente da FAPEMA, André Santos.

Entre as pesquisadoras que foram destaque no Prêmio FAPEMA 2029 – Terezinha Rêgo está a professora doutora Zafira da Silva de Almeida, ganhadora na categoria Pesquisador Sênior. Doutora em Zoologia, mestre em Oceanografia e graduada em Ciências Biológicas; atualmente é professora e pró-reitora de Graduação da Universidade Estadual do Maranhão (Uema). Com um  extenso currículo e atuação, Zafira Almeida tem dezenas de projetos entre eles “Caracterização Biológica e Morfométrica dos Estoques das Principais Espécies de Peixes Comerciais na Área de Proteção Ambiental das Reentrâncias Maranhenses” e “Ações para o Fortalecimento do Ordenamento Pesqueiro do Sistema e Produção da Rede De Zangaria na Resex de Cururupu”.

 

As pesquisas apoiadas pela FAPEMA contemplam pesquisadores doutores, sêniores e também aqueles que estão iniciando na área da ciência, tecnologia e inovação, como os pesquisadores júnior e jovens cientistas. Um exemplo é a pesquisadora Cindy Lima Pereira, que ganhou o prêmio FAPEMA na categoria Jovem Cientista com o trabalho “Aplicativo Para Triagem de Pacientes em Risco de Doença Renal Crônica”, cujo trabalho foi orientado pelo professor Ewaldo Eder Carvalho Santana.

Muitas das pesquisas financiadas pela FAPEMA têm como foco de estudo temáticas envolvendo a mulher, seja na área social, cultural ou de saúde.  Na plataforma BURITI é possível localizar todos os trabalhos desenvolvidos por pesquisadores maranhenses com essa temática. A BURITI é uma Plataforma Digital que disponibiliza o Acesso Aberto às pesquisas fomentadas pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA) de forma rápida e eficiente.

 

Entre os trabalho disponíveis na plataforma estão “A Espacialização da Violência Contra a Mulher na Ilha de São Luís”, da pesquisadora Amanda Ribeiro Bezerra; “Violência de Gênero e Lei Maria da Penha: Atuação da Vara Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra  a Mulher”, coordenada por Lilah Moraes Barrêto que tem trabalhado temas como direitos humanos, gênero, análise do discurso e violência doméstica e familiar contra a mulher. Destaque também na Plataforma BURITI para os inúmeros trabalhos na área da saúde com abordagem sobre o câncer de mama e do colo de útero.

 

A FAPEMA trabalha a partir de quatro linhas de ação: Mais Ciência, Mais Inovação, Mais Qualificação e Popularização da Ciência. Atualmente mais de 2 mil projetos são apoiados pela Fundação, entre concessão de bolsas e auxílios a estudantes e pesquisadores. O Governo do Estado trabalha no sentido de ampliar os investimentos nessa área por entender que as pesquisas realizadas no Maranhão refletem de forma positiva no desenvolvimento do Estado e na melhoria da qualidade de vida da população.