Cientista social aponta modernidade como continuidade colonial
Na noite de sexta, 18, na 13a Feira do Livro em São Luís, o estande da FAPEMA proporcionou o lançamento do livro “Continuum Colonial”. A obra é de autoria do sociólogo, doutor em ciências sociais e pesquisador, Bartolomeu Rodrigues Mendonça. O livro pontua a compreensão corrente e acadêmica sobre modernidade como expressão de uma humanidade civilizada e superior em todas as dimensões (social, política, econômica, cognitiva, moral) e que tem na colonialidade seu efeito colateral e indesejado.
Segundo Bartolomeu Mendonça, as narrativas foram construídas a partir de conversas entre as pessoas das comunidades tradicionais, como a RESEX Tauá-Mirim, na Área Rural II de São Luís (MA), a comunidade Piquiá de Baixo em Açailândia (MA) e o Projeto Pioneiro de Colonização de Buriticupu (MA). “A ideia é contribuir com o pensamento crítico e apoiar as populações, na medida do possível com essa pesquisa”, destacou.
O livro demonstra como o Brasil, um país continental, gera tanta riqueza e apresenta o Maranhão como uma configuração de recursos naturais importantíssimos. “Nossa pesquisa foi para entender como funciona todo esse processo de colonização presentes em alguns municípios do Maranhão. Espero que o livro sirva para refletir e que diminua ainda mais as diferenças do que apresentamos com o termo Continuum Colonial”, pontuou Mendonça.
Bartolomeu aproveitou para falar sobre o importante fomento da FAPEMA para os pesquisadores do Maranhão. “A dedicação da FAPEMA com os editais para que nós possamos divulgar o resultado das nossas pesquisas é fundamental. É inegável o papel da FAPEMA hoje na divulgação da ciência em nosso Estado”, finalizou o pesquisador.
Redação: Leidyane Ramos
Fotos: Odinei de Jesus